Como autista nível 1, primeiramente diagnosticada pelo YouTube e agora devidamente avaliada por um médico mais ou menos competente, devo dizer que fiquei bastante contente de ver a "imperdibilidade" das coisas ser questionada. Quase tanto quanto a tua reflexão sobre a expressão "aquariano nato" ser sem sentido porque só se pode ser aquariano por nascimento.
Quanto ao filme "A Substância", o jovem Daniel Duncan escreveu um texto maravilhoso aqui mesmo no substack. Tão maravilhoso que chega a ser estranho.. chega a ser doloroso de tão belo. Como boa parte do que ele faz fora da comédia.
(comentário absolutamente enorme par fins de maximização do engajamento)
Eu ri alto em muitas partes de A Substância, depois comentei com amigas e muitas passaram por um misto de aflição e de ficar absurdadas com o rolê todo, mas acho que essa diretora tá só esquentando o forninho. E o Coringa novo acho que só num dia de ressaca onde eu puder dormir no meio. Entristece muito ver ator bom fazendo filme tão merda.
Permita-me discordar sobre A Substância, um filme raso e machista, que só reforça a tese de que as mulheres competem entre si, no filme isso chega ao paradoxo de haver uma competição da Elisabeth consigo mesma. Achei falso e datado. As mulheres já saíram dessa faz tempo e estão cada dia mais unidas. Se liguem!
As mulheres já saíram dessa como um todo? Sei lá, tenho lido sobre trad wifes e visto muitas threads com mulheres exibindo seus maridos meia boca como se fossem uma espécie de troféu na luta pela solidão pra concordar. E Elisabeth e Sue não chegam a competir — a autoestima da Elisabeth está tão destruída que ela cede a vez e se tranca em casa, até que reage violentamente contra seu próprio desejo de juventude eterna. Pra mim é uma alegoria — e bem didática inclusive — pra esse efeito nocivo da indústria da beleza, que segue criando em várias mulheres uma insatisfação com a própria imagem
O roteiro é cheio de furos e não dá nem pra saber se ambas têm a mesma memória, os mesmos desejos, o que significa exatamente “serem a mesma pessoa”. Os homens são tão estereotipados que nem dá para entender porque uma mulher deveria se submeter dessa forma a eles. Achei bem tosco. Por outro lado, Disclaimer dá uma aula de como o machismo atua na percepção que as pessoas em geral têm das mulheres. Série incrível.
Mas não são exatamente furos, né? Se a gente fosse levar ao pé da letra não existe um patrão que tope contratar alguém que reveza semanas com e sem trabalho. E quando a gente ouve histórias de abuso por sujeitos que são claramente "red flag" muita gente costuma se perguntar a mesma coisa "mas por que se submeteram?", e a gente sabe que o buraco é mais embaixo. Sobre Disclaimer a Rafa amou e tá me obrigando a ver, tá na minha lista de prioridades
Queria pedir desculpa desde já pelo cartum datado das eleições nos EUA, acreditei que ia ser apertada e foi esse 7 a 1 que se viu
Infelizmente, sobre o seu cartum, "we wish"...
Deixaram a gente sonhar (e olha que já não era um sonho tão bom assim)
Como autista nível 1, primeiramente diagnosticada pelo YouTube e agora devidamente avaliada por um médico mais ou menos competente, devo dizer que fiquei bastante contente de ver a "imperdibilidade" das coisas ser questionada. Quase tanto quanto a tua reflexão sobre a expressão "aquariano nato" ser sem sentido porque só se pode ser aquariano por nascimento.
Quanto ao filme "A Substância", o jovem Daniel Duncan escreveu um texto maravilhoso aqui mesmo no substack. Tão maravilhoso que chega a ser estranho.. chega a ser doloroso de tão belo. Como boa parte do que ele faz fora da comédia.
(comentário absolutamente enorme par fins de maximização do engajamento)
O Duncan é demais mesmo! :)
Quando vai rolar a camiseta "Reconsidere, Bruna"?
Eu ri alto em muitas partes de A Substância, depois comentei com amigas e muitas passaram por um misto de aflição e de ficar absurdadas com o rolê todo, mas acho que essa diretora tá só esquentando o forninho. E o Coringa novo acho que só num dia de ressaca onde eu puder dormir no meio. Entristece muito ver ator bom fazendo filme tão merda.
Amei essa edição. Falou tudo nos três tópicos. 100% agree, como diria meu amigo do metrô.
Demais que vc gostou (to sentindo falta da sua newsletter mas sei que não tá fácil arrumar aquele tempo necessário)
Permita-me discordar sobre A Substância, um filme raso e machista, que só reforça a tese de que as mulheres competem entre si, no filme isso chega ao paradoxo de haver uma competição da Elisabeth consigo mesma. Achei falso e datado. As mulheres já saíram dessa faz tempo e estão cada dia mais unidas. Se liguem!
As mulheres já saíram dessa como um todo? Sei lá, tenho lido sobre trad wifes e visto muitas threads com mulheres exibindo seus maridos meia boca como se fossem uma espécie de troféu na luta pela solidão pra concordar. E Elisabeth e Sue não chegam a competir — a autoestima da Elisabeth está tão destruída que ela cede a vez e se tranca em casa, até que reage violentamente contra seu próprio desejo de juventude eterna. Pra mim é uma alegoria — e bem didática inclusive — pra esse efeito nocivo da indústria da beleza, que segue criando em várias mulheres uma insatisfação com a própria imagem
O roteiro é cheio de furos e não dá nem pra saber se ambas têm a mesma memória, os mesmos desejos, o que significa exatamente “serem a mesma pessoa”. Os homens são tão estereotipados que nem dá para entender porque uma mulher deveria se submeter dessa forma a eles. Achei bem tosco. Por outro lado, Disclaimer dá uma aula de como o machismo atua na percepção que as pessoas em geral têm das mulheres. Série incrível.
Mas não são exatamente furos, né? Se a gente fosse levar ao pé da letra não existe um patrão que tope contratar alguém que reveza semanas com e sem trabalho. E quando a gente ouve histórias de abuso por sujeitos que são claramente "red flag" muita gente costuma se perguntar a mesma coisa "mas por que se submeteram?", e a gente sabe que o buraco é mais embaixo. Sobre Disclaimer a Rafa amou e tá me obrigando a ver, tá na minha lista de prioridades